Julho de 2019
A ARM continua a apoiar as crianças que frequentam as escolinhas das paróquias do Sagrado Coração de Jesus do Chibuto e de Maria Auxiliadora em Pemba, através do projeto “Um Sorriso para ti” que já conta com quase uma década de implementação.
No último ano, este apoio ficou aquém das expectativas, tendo sido angariado cerca de 3.000 euros, quando em anos anteriores se angariava, pelo menos, o dobro deste montante.
A explicação reside no facto de os armistas terem destinado parte da sua contribuição para a pintura do Seminário de Cernache do Bonjardim. O valor dos donativos recebidos nas contas da ARM acabou por ser o mesmo, todavia dividido por estas duas causas.
Estamos convictos de que poderemos dobrar a nossa ajuda a Moçambique neste contexto ainda mais difícil, depois dos efeitos catastróficos provocados pela passagem do ciclone Kenneth em Pemba. Se a maioria das crianças já vivia em condições de miséria, com uma alimentação pobre e desequilibrada, suscetível de contrair diversas infeções e doenças mortais como a malária, a cólera ou a tuberculose, com esta catástrofe, muitas crianças ficaram ainda mais expostas a estas condições de pobreza absoluta.
As escolinhas apoiadas pela ARM têm prestado um precioso contributo social, não apenas às comunidades católicas, mas a todas as famílias que aí matriculam os seus filhos, sejam evangélicos ou muçulmanos ou até crentes de religiões tradicionais. É com este espírito de serviço que, ao longo dos últimos anos, a SMBN tem melhorado substancialmente as condições físicas e pedagógicas destas escolinhas para que as crianças tenham bons fundamentos educativos para um futuro mais promissor.
No Jardim Infantil da paróquia do Chibuto frequentam cerca de 120 crianças, dos dois aos cinco anos de idade; nas escolinhas da paróquia Maria Auxiliadora de Pemba, frequentam cerca de 300 crianças, dos três aos cinco anos de idade. Nestes estabelecimentos, as crianças têm acesso a atividades lúdicas e educativas, relacionadas com as diversas áreas científicas e sociais, que ajudam a suprir as suas lacunas biopsicossociais, asseguram condições para que possam desenvolver de modo harmonioso as suas competências e procuram estimular o interesse pela dinâmica da vida social, para que possam viver em sociedade marcados pelos valores da solidariedade, da liberdade, da partilha, da cooperação, da responsabilidade e do respeito.
(Nota: Texto respigado do Boletim da ARM n.º 122 de 2019)
Desde o ano de 2010 que o projecto “Um sorriso para ti” tem ajudado crianças de Angola e de Moçambique, que estão a cargo dos Missionários da Boa Nova, a terem acesso à escola e a condições dignas, nomeadamente, na sua vida escolar.
Nos últimos anos, o contributo anual daqueles que têm colaborado neste projeto (e que a ARM agradece) tem totalizado de cerca de 8.000 euros, tendo-se destinado às crianças do Chibuto (Xai-Xai), Malema (Nampula) e Pemba (Cabo Delgado). Este contributo tem sido muito importante, principalmente, numa altura em que o aumento do custo de vida em Moçambique não para de subir.
O crescimento económico, principalmente em Cabo Delgado, com a implantação de várias empresas multinacionais de exploração de grafite e gás natural, não tem sido inclusivo, não tem chegado a todos. O que tem chegado são os “males” deste crescimento, que se reflete principalmente no aumento dos preços dos bens alimentares e outros bens de primeira necessidade, que são um dos principais custos destas escolinhas.
O projecto “Um sorriso para ti” cumpriu o seu segundo ciclo de três anos e é intenção da ARM – Associação Regina Mundi renová-lo por um novo período de três anos, pois vemos neste projecto, um importante instrumento para a nossa participação no trabalho realizado na área da educação por parte dos Missionários da Boa Nova. Lançamos-lhe pois o convite, à participação no projeto “Um Sorriso para Ti II”, que decorrerá nos mesmos moldes do anterior. Para tal, além do recibo emitido pela Sociedade Missionária, que lhe permitirá realizar as deduções fiscais correspondentes ao seu donativo, enviamos-lhe um documento, junto deste boletim, caso pretenda que lhe seja debitado na sua conta o valor que indicar e da forma que indicar. Para além desta forma de pagamento, pode continuar a dar a sua contribuição através de cheque dirigido à ARM, transferência bancária ou depósito na conta 0035 0121 0000 1413 33034.
Contamos consigo!
a) Sérgio Cabral
NOTA: Caso pretenda aderir ao débito direto, deverá copiar, preencher a FICHA DE INSCRIÇÃO abaixo indicada e enviá-la para a seguinte morada:
ARM – Associação Regina Mundi
Seminário das Missões
Largo da Igreja, Ap. 40
3721-908 Vila de Cucujães OAZ
Um Sorriso para Ti 2016 a 2018
No dia 2 de Agosto partimos para Malema, numa estadia de 18 dias, com o coração cheio de vontade em querer ajudar, no âmbito do projecto “Um Sorriso para Ti” da ARM/SMBN.
Na bagagem levávamos mais de 300 Kgs de material que nos tinham pedido e tão necessário ao funcionamento das escolas profissionais de Malema e Nataleia. Conseguimos levar tudo o que nos pediram e verba suficiente para em Nampula comprar o que não poderíamos levar de Portugal.
Os dias, que começavam cedo, foram vividos muito intensamente. A agenda estava bem delineada e muito preenchida e era promissora. Se já conhecíamos a logística da casa e as estruturas das escolas, da visita em 2010, para nós era insipiente o conhecimento do trabalho pastoral. Malema tem 3 missões (Malema, Nataleia e Chululo) e 110 (cento e dez…!!!) comunidades. Numa região predominantemente
muçulmana estava curioso como era a sua vivência. Foram 5 dias de visitas às comunidades no mato, mas vou focar-me apenas no primeiro encontro. Eu, que como todos nós, na nossa meninice tivemos o sonho de ser missionários e ouvimos embevecidos as histórias contadas pelos padres que vinham de Moçambique, tive o privilégio de vivê-las.
Foi em Mucamba. Chegamos à hora aprazada e à nossa espera uma comunidade que nos recebe entoando cânticos de boas-vindas e de agradecimento. Cumprimenta-se toda a gente, e todos nos vêm cumprimentar. A missa, em português mas com o intérprete a traduzir para macúa, demora 4 horas porque nele se celebram 4 casamentos, 80 baptismos e mais de 100 primeiras comunhões. Não raro atestámos o baptismo do pai, da mãe, dos filhos, casamento dos pais e primeira comunhão dos pais e dos filhos. Isto fez-me recordar as entusiásticas prédicas do saudoso Senhor Pe. João Avelino… em que tudo é simples. Muito simples e em que qualquer eventualidade é resolvida no momento. É impressionante a religiosidade destas comunidades e como vivem o cristianismo. A presença do padre apenas é possível 2 ou 3 vezes por ano, mas todas as semanas eles juntam-se para celebrar a Palavra e rezar. É fundamental a figura do Animador, do Ancião e do Catequista. Recebem instruções do Pároco e preparam e assistem as pessoas para receberem o Baptismo… impressionante a sua dedicação e devoção. Foram eles que nos tempos mais conturbados mantiveram a Igreja Viva e apoiaram os nossos missionários. A eles a minha homenagem e agradecimento.
Gente pobre, muito pobre, sem nada, nada mesmo… mas com uma generosidade sobrenatural que conseguem de alguma forma encontrar algo para nos dar, partilhar a sua refeição… e com muita alegria por terem visitas, alguém que os foi ver…
Para maximizar as visitas dividimo-nos em 2 grupos: o primeiro ia com o pároco, senhor Pe. Luis Figueiredo e o segundo com o senhor Pe. Albino dos Anjos. Ao todo foram ministrados mais de 60 casamentos, 200 baptismos e centenas de Primeiras Comunhões.
Um marco importante desta viagem foi o arranjo da campa do Senhor Pe. João Baltar, sepultado em Malema. Fruto da oferta dos colegas de curso, ano de 1955, e familiares foi possível colocar uma sepultura em mármore sobre a qual foi celebrada missa no dia 13 de Agosto com a presença de dezenas de cristãos (mesmo sendo às 6 da manhã e dia de semana).
Ainda visitámos a Missão do Mutuáli, as Casas de Nampula, Paróquia do Aeroporto (Maputo), Seminário da Matola e Missão de Chibuto. Aqui, no Chibuto, também deixámos algumas coisas que levámos de Portugal.
Voltámos cansados mas cheios. Já se falava para “quando a nova ida”. Trouxemos na bagagem pequenos projectos, simples mas práticos, que a ARM tem capacidade de viabilizar e que terão grande impacto na vida destas comunidades.
Fui sucinto pois o espaço é pouco para a narrativa e exíguo para a emoção. Fica para os encontros da ARM.
a) Santos Ponciano
Sobre a visita missionária de 2 a 20 de Agosto de 2015, temos o prazer de publicar, respigando-o da revista “Boa Nova” de Outubro de 2015, o artigo abaixo da autoria do senhor Padre Albino dos Anjos, que fez parte da comitiva:
“Hoje é bem mais fácil percorrer o que nos separa da missão com um pungente abrir de olhos e uma desprendida bolsa. São infindáveis as ofertas de caminhos e programas que todos os dias entram no nosso quotidiano, puxando pela nossa veia solidária e alma guerreira. Talvez por ser mais fácil, cresce em muitos, em jeito revolucionário, o desejo de lutar por um mundo melhor, erradicado de fome, de miséria e de morte. São periferias que à distância de um clique se transformam em mais um tópico de discussão. O mundo está mais solidário. Mas os números não metem. São cada vez menos os que percorrem com alegria esta distância, aqui medida em mistério de fé e humanidade. Isto não significa que a missão ficou mais perto ou mais longe, porque, no fundo, a distância maior não é a geográfica, mas a humana e a cristã. Menos missões, não significa menos missão. Talvez seja hora de mais Missão. À busca do mistério da missão, um pequeno grupo partiu para as terras quentes de Moçambique.
África arrebata qualquer coração mais empedernido. As suas cores, ritmos, usos e costumes desarmam o mais desajeitado turista. É terra de aventuras, mas não gosta muito de aventureiros. Acolhe com afabilidade quem a visita e agarra de forma vigorosa quem se enamora por ela. Mas esta África tão misteriosa, que abre sua casa a todos os que lançam à terra sementes de paz e pão, sente em cada dia a sua pequenez, medida tantas vezes em cruéis indicadores e devastadoras profecias. Rica em recursos e potencialidades, vê-se amordaçada em seus direitos. Talvez por isto a palavra que melhore define África é mistério, para quem olha para ela e de quem dela olha! Mistério que não é enigma ou jogo, mas viagem feita com janelas abertas!
O nosso destino era a Paróquia de S. Miguel Arcanjo, em Malema, há muitos anos confiada ao cuidado pastoral dos missionários da Boa Nova. Hoje conta com Pe. Luis Figueiredo, Pe. Luís Gomes e o estagiário José Lima. Poucos braços para 120 comunidades. Malema faz parte do distrito da província de Nampula, faz limite a norte com os distritos de Nipepe e Maúa, ambos da província de Niassa, a noroeste com o distrito de Metarica, também da província de Niassa, a oeste com o distrito de Camba ainda da província de Niassa, a sul com os distritos de Gurúè e Alto Molócue da província da Zambézia, e a este com os distritos de Ribaué e Lalaua. Em 2007, o Censo indicou uma população de 164 898 residentes. Com uma área de 6122 km², a densidade populacional rondava os 26,94 habitantes por km².
Foram muitos os quilos que o grupo angariou entre amigos, familiares e armistas, muito bem dinamizado pelo grupo Salama Malema criado no facebook. Nem tudo conseguimos levar, apesar da boa vontade e ajudas de tantas entidades. Se a distância percorrida entre Lisboa e o destino foi breve e vivida em ansiedade, muito mais suave foi o peso transportado e entregue nas escolas profissionais de Nataleia e Malema. As imagens recolhidas na entrega do material são potentes pela expressividade com que captam o rosto alegre de quem acolhe recursos didácticos e pedagógicos. Impressionante como uma bola, microscópico ou dicionário soltam um elulu próprio de quem recebe dos céus uma dádiva esperada. Estas escolas, pequenas na sua dimensão e estruturas, ministram cursos de pedreiro, carpintaria e agricultura, preparando jovens para um melhor aproveitamento de capacidades e potencialidades que a zona de Malema oferece e, ao mesmo tempo, tentam responder às necessidades de falta de mão-de-obra local qualificada que o crescimento económico de Moçambique arrasta. Em boa hora lançou a paróquia e a diocese de Nampula estes projectos que, para além de contribuírem para melhorar a vida económica dos instruendos, pela via da empregabilidade e criação de micro empresas, dão um sentido positivo e concreto à escola, tantas vezes enferma das vicissitudes históricas e sociais. A formação em gestão de negócios orientada pelo grupo despertou muita curiosidade e participação por parte dos alunos, abrindo possibilidade de futuras colaborações. O projecto de KIT’s pode ser uma boa resposta. A nova menina dos olhos da paróquia é a escola infantil Mukatithi, destino privilegiado da equipa, a qual recebeu vários objectos e promessas de serem melhor apetrechadas nas suas condições. Com as novas cadeiras, novas mesas, novo fogão, peluches, jogos, material de pintura, que receberam, as 100 crianças e 6 monitoras encheram o peito para cantar ninoshokuru ( nós agradecemos ) a quem muitos de nós respondemos com umas quantas lágrimas no rosto e muitas no coração. Ainda houve tempo para remodelar a sepultura do Pe. João Baltar, sepultado entre os irmãos de cor e testemunhas da sua paixão missionária, fruto da generosidade de muitos amigos e familiares que quiseram oferecer uma justa sepultura. Para o grupo, sempre ficará como constante provocação à vivência da fé em Cristo, a visita a várias comunidades cristãs, onde em festa se celebrou a morte e ressurreição Cristo, plenitude do mistério humano, que encontra na cultura macua particulares manifestações religiosas. Em eucaristia, acolhemos e celebramos vários baptismos, 1.ªs comunhões e casamentos, despertando-nos activamente para longas cerimónias e aliviando-nos do cansaço e do pó dos caminhos calcorreados.
Anunciar Cristo, seja onde for, implica um deslocamento de si em direcção ao outro para se espantar com as maravilhas que Deus realiza. Se a distância geográfica foi de algum modo vencida, a distância cultural e cristã, que vive horizontes novos com o anúncio alegre de Cristo redentor de todos os homens, ainda está por vencer. Talvez não seja necessário serem como nós nem nós como eles. Basta que sejam eles próprios. E nessa descoberta está o mistério de cada um e de todos, ao aceitar Cristo como Salvador, caminho e vida. O único mistério que importa verdadeiramente conhecer!
a) P.e Albino dos Anjos
A equipa voltou a Moçambique de 2 a 20 de Agosto de 2015. Desta visita, apenas vimos aqui colocar um vídeo “Malema-2015” com algumas das muitas fotografias que o Santos Ponciano enviou através do Facebook. As restantes a seu tempo serão publicadas, certamente acompanhadas por alguns textos circunstanciais para a história.
7 de Maio de 2015
No âmbito do Projecto “Um Sorriso para Ti”, implementado em 2009 pela ARM – Associação Regina Mundi, vamos voltar a Moçambique no dia 2 de Agosto.
Os objectivos que nos movem são os mesmos do projecto :
1. Subsidiar acções para um melhor crescimento da dignidade humana
2. Prover os destinatários de condições mínimas de alimentação e vestuário
3. Fornecer os meios didácticos e pedagógicos como forma de integração escolar e social;
4. Melhorar os níveis de auto-estima e confiança dos destinatários
5. Divulgação da língua portuguesa
6. Expressar em actos e gestos concretos a ARM na sua responsabilidade cristã e social.
Malema (a 400 Kms de Nampula, para o interior) foi a escolha preferida.
Vamos apoiar os alunos 3 escolas profissionais. Em Malema nos cursos de carpintaria e pedreiro, com 111 alunos; e em Nataleia o curso agrícola, com 95 alunos. Este ensino dá a equivalência ao ensino secundário.
Apoiaremos também a única escolinha (creche) do distrito com 100 crianças até aos 6 anos.
Apoiaremos também a única escolinha do distrito com 100 crianças até aos 6 anos.
Pretende-se neste grupo angariar a ajuda para a preparação da viagem e no decurso da nossa estadia manter os membros informados sobre o contributo diário.
No documento abaixo “LISTA NECESSIDADES DE MALEMA E NATALEIA” poderão encontrar o que nos foi pedido. Nele há vários item’s que serão comprados em Nampula.
Obrigado a todos os que puderem colaborar.
a) Santos Ponciano em FaceBook em 7-5-2015
LISTA NECESSIDADES DE MALEMA E NATALEIA
Cursos:
Malema: Carpintaria, pedreiro e informática. (Homens: 98. Mulheres: 13. Total: 111 alunos)
Escolinha: 100 crianças
Nataleia: Agricultura (Homens: 64. Mulheres: 31. Total: 95 alunos)
Pensado em 2009, concretizado em 2010, graças à generosidade dos Armistas. Das crianças apadrinhadas aqui ficam imagens recebidas do CHIBUTO, NAMETIL e PEMBA, Moçambique.
Em primeiro lugar, queremos transmitir-vos o Khanimambo (changane) ou Koshukuru (macua) que nos tem chegado de Moçambique através da vossa preciosa ajuda às crianças deste país, seja pela via do financiamento às instituições pré-escolares a cargo dos Missionários da Boa Nova, seja pela via de um apoio mais directo a crianças pertencentes a agregados familiares mais carenciados, sempre através dos Missionários da Boa Nova. O vosso contributo, que somou 8.000 euros, teve impacto na vida de 60 crianças no Chibuto (Gaza), de 30 crianças de Malema (Nampula) e de 200 crianças de Pemba (Cabo Delgado).
A cada ano que passa, tem-se assistido a um aumento do custo de vida em Moçambique. Esta realidade não se prende somente ao aumento de salários decretado pelo governo moçambicano, mas principalmente no caso de Pemba, à descoberta de grandes quantidades de recursos minerais (grafite) e de gás natural na província de Cabo Delgado. Esta nova fonte de riqueza atraiu para esta cidade do norte as grandes multinacionais de exploração destes recursos, trazendo um maior desequilíbrio à economia local, que se reflete num aumento dos preços dos bens essenciais de consumo. Esta nova realidade tem tido bastante impacto na sustentabilidade das escolinhas a cargo dos Missionários da Boas Nova, uma vez que as rubricas relativas à alimentação e aos salários dos funcionários absorvem quase a totalidade do orçamento anual para cada escolinha, quer em Pemba, quer no Chibuto. Se não fosse o contributo prestado por todos aqueles que embarcaram neste projecto, não seria possível suportar todos estes custos.
Em Malema, com a ajuda do vosso contributo, realizou-se um antigo sonho: a inauguração da escolinha chamada Mukatithi. Mukatithi é um passarinho azul, bastante pequeno, mas que anda sempre em bando, muito obediente e amigo das crianças. Como se pode ver, este nome significa um programa pedagógico. Colocar em funcionamento esta escolinha implicou um significativo no arranjo do espaço e na compra de mobiliário. Actualmente, estão matriculadas zcerca de 30 crianças e os Missionários da Boa Nova esperam o apoio da ARM para continuarem a ajudar as crianças desta escolinha.

O que lhes transmitimos nesta pequena carta reflete, apenas, o essencial do feedback que os Missionários da Boa Nova nos têm dado ao longo do último ano. Ao longo deste texto, podem ver algumas imagens ilustrativas do apoio que tem sido prestado.
Mais uma vez, Khanimambo / Koshukuru / Obrigado.
O superior Geral da SMBN
a) P. Adelino Ascenso
O Presidente da ARM
a) Fernando Silva
Vídeo com todas as fotos que nos enviaram fizemos uma ligeira montagem com música moçambicana, que podem ver aqui.
Nota: Carta recebida em 13 de Março de 2015
A Associação Regina Mundi, dos antigos alunos da Sociedade Missionária (ARM) em parceria com a Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN) através das comunidades apostólicas espalhadas por Moçambique e Angola, continuou durante o ano de 2013 a implementar o projecto de apadrinhamento “Sorriso para Ti” iniciado em 2010, são cinco anos, desenvolvidos em ciclos de três anos, envolvendo directamente 280 crianças e uma verba de 64 mil euros. Números muito interessantes para este tipo de associações.
A avaliação do projecto permite-nos aferir que a implementação do mesmo tem superado as expectativas, na medida em que se observa uma progressão académica das crianças envolvidas, que de outra forma, muito provavelmente ou não estariam integradas no sistema educativo ou não teriam condições de progredir muito, por falta ou escassez de meios.
Podemos afirmar que este gesto singelo de solidariedade da ARM e da partilha de cada padrinho permite abrir um horizonte novo para cada criança, elevando a expectativa de um futuro melhor. O apoio escolar, em termos de matrículas, material pedagógico e didáctico e uniformes escolares e, em muitos casos, em alimentação, fazem a diferença. É talvez modesto a nossos olhos, mas é grande aos olhos de quem recebe. Pura gratuitidade.
Gostaríamos de deixar uma palavra de apreço às comunidades da SMBN que no terreno acompanham e fiscalizam o bom andamento do projecto. Como qualquer outra actividade, são muitos os obstáculos que se têm de vencer para que os objectivos traçados se alcancem. O sucesso que o projecto tem conseguido deve-se em muito apoio que os Missionários da Boa Nova têm dado. Sem eles teríamos mais dificuldades em conhecer os alunos, o seu desempenho escolar e a boa aplicação dos fundos reunidos. O nosso bem haja!
A nossa palavra final dirige-se aos padrinhos. Se este projecto alcançou esta fase já madura, envolvendo várias pessoas e bastante dinheiro, deve-se à vossa generosidade e alegria em partilhar. De nossa parte existe um profundo reconhecimento por acreditares que é possível mudar a vida de alguém com um gesto de amor. Parabéns.
Cremos que deste modo a ARM se aproxima ainda mais do cumprimento dos seus estatutos, rejuvenescendo seu espírito e fortalecendo seus objectivos. Também a ARM em parceria com a SMBN, assume sua dimensão missionária, com o ADN da sua identidade e missão, com um Corpo aqui e um Coração no mundo.
Lisboa, 15 de Março de 2014
a) P. Albino Manuel Valente dos Anjos,
(Superior Geral da SMBN)
a) Santos Ponciano,
(Presidente da ARM)
UM SORRISO PARA TI – 2010
18-10-2010
Com muito empenho, muita colaboração e muita generosidade conseguiu-se, em 2010, que 100 crianças tivessem acesso à escola. E em Maio do mesmo ano decidimos, em Cucujães, elevar para 200 as crianças. Os resultados estão à vista de todos.
Tendo consciência de que é uma gota de água nesse grande oceano que é a iliteracia mundial, mas também conscientes que são as gotas, insistentes e persistentes, que enchem o cântaro, pensámos que era possível fazer mais. Tivemos oportunidade de, no terreno, sentir as dificuldades, necessidades, angustias de quem quer fazer mais e não pode, de quem quer dar mais e nada mais possui, de quem precisa e não sabe pedir nem a quem se dirigir. Pessoas que não acreditam no Estado e que apenas contam com a Igreja. Isto, meus caros, pode parecer lamechas, mas não é. É a pura realidade, nua e crua. Vejam que em qualquer campo difícil, seja em que país for, quem vemos lá? Missionários! Sejam católicos ou não, são os missionários.
Reconstruir Chibuto – Fase 2
Graças à generosidade de alguns armistas e de algumas paróquias, a primeira fase de reconstrução da Escolinha do Chibuto está concluída. Já tem portas, janelas e casas de banho. Aguardamos algumas fotos para documentar, conforme e-mail recebido do Senhor Pe. Adauto da Silva:
“Caro Ponciano. Recebi a sua mensagem dos pequenos pedidos de nossa Escolinha. Os trabalhos estão a andar não estão de bom ritmo como eu gostaria que estivessem. Mas nas janelas só faltam os vidros e portas estão quase a terminar bem como casas de banhos. O refeitorio já dei inicio.
O tempo por aqui chove muito todos os dias Este final de Ano muito trabalho, Natal etc… Estou a organizar melhor para o envio das fotos, como pediu.
Esta noite roubaram a aporta da cozinha da Escolinha. É Mocambique! Este mês de Dezembro as crianças estão de férias voltam em Janeiro. Penso que recebeu as fotos das 40 crianças para o ano de 2011.
Um feliz Natal Pe Adauto”
No mesmo terreno da missão, em frente à Escolinha, existem umas ruinas, que são passiveis de reconstrução, para fazer um refeitório para as 40 crianças que neste momento frequentam a escola. O custo das obras de recuperação é de 3.000€ (três mil euros).
3.000€ é quanto custa transformar estas paredes em refeitório. Pensamos que com a mesma estratégia, é possível terminar esta fase da Missão do Chibuto. Esperamos que com a ajuda de todos conseguir dar corpo e finalizar mais este projecto. Assim Deus nos ajude. Pode enviar o seu donativo em cheque ou vale postal, à ordem da ARM, para a Casa Central da SMBN – R. da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa, ou depositar directamente na Caixa Geral de Depósitos: Conta nº. 0121/001300/530 com o NIB: 003501210000130053098 enviaremos o respectivo recibo.
Reconstruir Chibuto – fase 1 (concluído)
O distrito de Chibuto ocupa uma área de 5.878. km2… A população total é de 166.536 habitantes e na capital do distrito, Chibuto-sede, esta população é estimada em cerca de 60.000 habitantes. O distrito está dividido em seis postos administrativos – Chibuto, Malehice, Chaimite, Godide, Alto Changane e Changanine – com 25 localidades
SECTOR SOCIAL
Em termos de infraestruturas, o distrito tem 1 hospital rural, 1 centro de saúde com posto fixo de vacinação, 6 postos de saúde, 1 escola secundária, 6 EP2 e 85 EP1. O distrito ainda não foi declarado livre de minas. (in: www.mct.gov.mz)
Escolinha do Chibuto:
Única na comunidade, onde as mães podem, por motivo de trabalho, deixar seus filhos durante o dia, retornando à tarde para buscá-los. É na creche que a criança terá as refeições, a rotina de sono, banho e brincadeiras, assistidas por mais de uma funcionária treinada para o serviço. Neste tipo de educação, as crianças são estimuladas – através de actividade lúdicas e jogos – a exercitar as suas capacidades motoras, a fazer descobertas e a iniciar o processo de alfabetização. A educação infantil, educação pré-escolar ou educação pré-primária consiste na educação das crianças antes da sua entrada no ensino obrigatório. É ministrada normalmente no período compreendido entre os dois e os seis anos de idade.
Escola pertence à missão do Chi-buto. Com a nacionalização foi utilizada como escola oficial, retornando à missão no estado que a fotografia documenta. As portas e janelas foram fechadas com blocos de cimento, para evitar maior vandalismo e ocupação indevida. Em 2009, e a pedido da SMBN, para reabilitação do espaço tentámos junto de diversas entidades o apoio necessário. As dificuldades financeiras que, a nível mundial as instituições atravessam foram as razões apresentadas para não deferirem o apoio. Mas a equipa missionária não desistiu.
Os senhores Padres Adauto Silva e Amaro Ferreira, jovens, conseguiram que as paróquias de Romariz e Arrifana ajudassem com as tintas necessárias à limpeza e pintura das paredes.
E foi com o edifício pintado que em 2010, com o apoio da ARM, inserida no projecto “Um Sorriso para Ti”, que a escolinha abriu. Diariamente 20 crianças, maioritariamente órfãs, aqui tomam 2 refeições, recebem alguma educação e estão seguras, enquanto as mães estão a trabalhar. No ano de 2011 este número será de 40, fruto da vossa generosidade. A escola é totalmente ministrada pela Missão do Chibuto.
Os Leigos Boa Nova, nas suas férias missionárias deste Verão de 2010, deixaram a sua marca no seu interior, fazendo uma decoração muito apelativa e tornando o espaço muito mais agradável, como a foto documenta.
Mas a escola continua sem portas, sem janelas e sem casas de banho. Tem, no entanto, água canalizada, do furo da missão, e esgotos, como outrora, antes da nacionalização. Ambas as redes, águas e esgotos estão, operacionais.
Condicionados, mas com o pensamento de que alguma coisa tem que ser feita, revoltados contra a indiferença, questionámo-nos: Se não conseguimos reconstruir a escola de raiz, porque não continuar a reconstruí-la faseadamente?
As razões que nos levam a pensar assim são várias: Tem espaço e capacidade para mais 40 crianças. A população de Chibuto, altamente carenciada, não tem outro apoio pré-escolar. A logística é suficiente, não havendo acréscimo de custos. A administração da escola é de competência da Sociedade Missionária da Boa Nova, garante da sua boa execução. A Educação de uma criança é a educação de um povo.
Perguntámos: Quanto custa colocar portas, janelas e loiças nas casas de banho? A resposta foi rápida.
Orçamento: 132.480,00 meticais, ou sejam 2.500,00€.
Pensamos que está ao nosso alcance. Basta-nos que consigamos sensibilizar-nos, motivarmo-nos e mobilizarmo-nos, para que nós próprios, junto dos nossos amigos que sejam sensíveis à pobreza mundial, junto de empresas benfeitoras, dos nossos párocos e das nossas comunidades. Por vezes uma única palavra desperta no nosso próximo um interesse que a nós próprios surpreende.
Vamos ajudar quem mais precisa.
No final da obra prestaremos contas e apresentaremos os resultados.
Podem depositar ou transferir os donativos para crédito da conta:
Titular: ARM – Associação Regina Mundi
Banco: Caixa Geral de Depósitos
Conta nº. 0121/001300/530 com o NIB: 003501210000130053098
IBAN: PT50003501210000130053098 Swift code : CGDIPTPL
Lisboa, 18 de Outubro de 2010
Santos Ponciano
Presidente da Direcção